A história da Santa Rosa de Viterbo

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Rosa desde cedo se inspirava em São Francisco de Assis em seu modo de vida e sua simplicidade

Defensora ardorosa da Igreja, Santa Rosa de Viterbo, viveu na primeira metade do século XIII, em meio ao embate entre o poder espiritual (representado por São Francisco de Assis), e o poder material, na figura do imperador Frederico II. Seus pais trabalhavam no mosteiro São Damião de Clarissas, em Assis, fundado pela Santa Clara de Assis – esta, enclausurada e seguidora de Francisco de Assis (nome de Santo era como nome de vinho; ainda hoje é tradição a uva receber o nome do lugar).

Assim como Clara, Rosa desde cedo se inspirava em São Francisco de Assis em seu modo de vida, sua simplicidade, seu viver em fraternidade e doação aos irmãos e a Deus. Era comum que Rosa passasse grande parte de seu dia recolhida em orações. À medida que ela crescia, aumentava as suas orações. Muitas vezes, passava longas horas da noite em contemplação. Durante o dia procurava os lugares onde poderia ficar em silêncio e entregar-se à oração.

Contam que, no dia 23 de julho de 1247, Rosa foi acometida por forte febre e, enquanto sua temperatura ardia, ajoelhou-se e balbuciou o nome de Maria – que lhe curou e confiou a missão de peregrinar pelas igrejas de São João Batista, Santa Maria do Outeiro e São Francisco. Esta fé inabalável foi a grande aliada da igreja, uma vez que Rosa saiu pelas ruas pregando a fé com um crucifixo nas mãos. Por ser este ato bastante incomum para a época, em 1250 o prefeito assinou uma ordem, condenando Rosa ao exílio, sob a acusação de causar revolta entre a população.

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Corpo de Rosa de Viterbo estava preservado dois anos depois de ser encontrado, quando seria exumado (Foto: Google)

Já exilada em Soriano, Rosa soube que o imperador Frederico II falecera e pôde voltar para casa. Pouco depois, foi sua vez. Morreu antes mesmo de completar os 18 anos. O Papa Inocêncio IV imediatamente instaurou seu processo de canonização. Quando foram exumar o corpo de Rosa, dois anos depois, verificaram que o mesmo encontrava-se intacto, completamente preservado e sem a menor decomposição que cabe a nós, meros mortais. Transladaram seu corpo para o Mosteiro das Clarissas que, a partir daí, mudou sua denominação para Mosteiro de Santa Rosa. O dia de Santa Rosa de Viterbo é dia 6 de março.