Núbia Dutra realiza palestras em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres em Paço do Lumiar

No dia 08 último, data em que celebramos o Dia Internacional da Mulher, realizei quatro palestras em dois bairros de Paço do Lumiar: Bacuritiua e Maiobão. Foi um ótimo momento para reforçar, tanto para elas quanto para eles (uma vez que havia homens presentes), sobre os direitos e deveres das mulheres, a Lei Maria da Penha, comportamentos de autovalorização e temas que precisam ser abordados, diariamente, junto à sociedade para a manutenção da convivência de forma respeitosa, harmoniosa e feliz.

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À medida que as conversas aconteciam, vários questionamentos foram realizados. “- Como agir diante de determinadas situações com o(a) companheiro(a)?”, “- O que fazer quando a mulher sofre agressões físicas e verbais do (a) parceiro (a)?”. Essas e outras perguntas foram respondidas com base na legislação brasileira – que defende os nossos direitos a fim de coibir a violência doméstica e familiar contra nós mulheres.

Com base na história da evolução humana, o homem sempre foi posicionado como o ser dominante na sociedade e esse paradoxo ano a ano vem mudando. Vale lembrar (como já citado neste blog) que o 8 de março é símbolo de muitas lutas por melhores condições de vida, de trabalho e pela busca do próprio direito ao voto. Para romper com esse preconceituoso paradigma, atualmente contamos com um grande avanço: a mulher ocupa cargos profissionais e sociais jamais imaginados durante o século passado, os quais sempre foram ocupados por homens. Seja na política, seja no comando de um avião, na construção civil, na autoria de um livro, na administração de uma grande empresa, nos jornais, enfim, na grande maioria das profissões elas já se fazem presentes em posições relevantes.

Números da violência

Ainda é notório, em pleno século XXI, diversos casos de preconceito e agressão contra mulheres. Segundo a Fundação Perseu Abramo (2001), as estatísticas apontam que 43% das mulheres já sofreram algum tipo de agressão. Dentre essa porcentagem, 20% dos casos de agressão contra as mulheres são domésticos – fato este considerado um problema de maior gravidade por gerar péssimas consequências físicas e psicológicas em quem as sofre.

De fato, minhas caríssimas mulheres, ao exercer o direito da denúncia, contamos com o amparo dado pela Lei Maria da Penha – que pune o agressor, razão pela qual nós devemos conhecê-la (pois ninguém tem poder sobre a vida, dignidade, espiritualidade e mentalidade do outro). A agressão não se trata apenas de maus tratos físicos, mas também os verbais. Em muitos casos, estes são os piores, pois eles compõem um assassinato diário contra quem os sofre. Costumo chamar esse tipo de situação de “assassinato invisível” – por matar o nosso ego, nossos sonhos, nosso sorriso, nossa felicidade, nosso amor por nós mesmas.

Conclusões

Antes de encerrar a palestra, pedi ao público que os mesmos citassem algumas palavras para definir sobre o tema abordado e as mais ouvidas foram: tolerância, entendimento, respeito, denúncia e superação. Com isso, senti-me lisonjeada ao observar que as palestras tiveram aceitação positiva pelos participantes. Ações como essas são essenciais para despertar a necessidade de haver um entendimento da sociedade com relação aos seus próprios direitos e deveres não tão conhecidos. Para encerrar esta data tão magnífica, após a palestra, nos juntamos para saborear um delicioso brinde a nós mulheres, seres que possuem suma importância à vida, empreendedoras por administrar uma família, um lar, empresas e até mesmo nações.

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